quarta-feira, 10 de maio de 2017

Adriane Galisteu interpreta Malévola e atua ao lado do filho no teatro

Musical que reconta a história de “A Bela Adormecida” está em cartaz em São Paulo

 A história da princesa condenada a dormir no alto de uma torre até ser salva por um príncipe ganhou nova versão nos teatros paulistanos. Dirigida por Billy Bond, a produção contará com efeitos especiais, incluindo um telão exibindo desenhos animados que interagirão com os atores. Adriane Galisteu vive o papel de Malévola e seu filho Vittorio, de 6 anos, interpreta o Príncipe Felipe quando criança. Em entrevista à CRESCER, ela fala sobre a personagem e a experiência de dividir o palco com o pequeno. Confira: 

Por que você decidiu participar desse projeto?
Fiquei muito feliz ao ser convidada, pois foi uma oportunidade de voltar a trabalhar com o diretor Billy Bond, que me colocou na televisão em 1995 e tem uma equipe fantástica, e porque o convite se estendeu ao Vittorio que, desde o começo, amou a ideia, e está feliz da vida por estar na peça.
Como está sendo a experiência de trabalhar para o público infantil?
Apesar de essa ser minha décima primeira peça, nunca tinha encenado algo destinado ao público infantil, então tem sido um desafio gratificante. Tenho me dedicado muito aos ensaios. Algumas pessoas pensam que, por ser um espetáculo infantil, tudo é mais simples, mas, para mim e para equipe de ‘Bela Adormecida’, é o contrário. As crianças têm reações muito sinceras, são muito exigentes. Se não gostarem de algo, nada faz com que mudem de ideia. Então para você conseguir provocar um sorriso, precisa ser um trabalho excepcional.
Qual é a versão da Bela Adormecida que será apresentada nos palcos?
É a boa e velha Bela Adormecida das histórias que a minha mãe contava para mim e eu ouvia nos disquinhos de histórias infantis. Não é a Malévola da versão da Angelina Jolie, que é boa. Eu interpreto uma vilã mesmo, que é cínica em diversos momentos. Busquei inspiração nos desenhos de antigamente e na versão original da Disney.
Como é a relação do Vittorio com o teatro?
Ele é meu companheiro nos palcos quase desde que nasceu [risos]. Nos primeiros meses de vida dele, eu estava com uma peça em cartaz chamada Mulheres Alteradas, no Rio de Janeiro. Ele, pequenininho, ficava na coxia. Depois, fiz o espetáculo Três dias de chuva, quando ele já tinha quase 3 anos e ia em quase todas as sessões. Agora, fiz uma adaptação de um texto de Shakespeare [Troilo e Créssida, em que interpretou Helena de Troia], dirigida pelo Jô Soares. Era uma peça bem complexa e, mesmo assim, ele pediu e foi assistir várias vezes. Ficou muito empolgado com as lutas e as espadas. Já está habituado ao ambiente teatral. Essa peça, para ele, está sendo como visitar um parque de diversões, porque o cenário se mexe, a roupa das pessoas é incrível... Vittorio está encantado!
O Vittorio tem o sonho de ser ator?
Não. Cada dia ele quer uma coisa. Às vezes, é jogador de tênis, outras de futebol... Eu não forço a barra em relação a isso. Ele continua mantendo a rotina normal, saindo das escola às 15h30. Ensaio com ele depois disso e vamos para casa às 19h. Ele nunca fez aulas de teatro, mas temos conversado sobre isso porque ele já está pegando gosto e me diz que, depois dessa peça, que fazer o Peter Pan!
Como está sendo para você a experiência de contracenar com ele?
Difícil porque eu já fico nervosa ao fazer teatro. Agora, vou ficar nervosa por mim e por ele, me preocupar comigo e com ele. Então é tudo dobrado, mas no fim, até a felicidade e satisfação vem em dobro, o que faz valer a pena.
SERVIÇO
 Local: Teatro Opus. Endereço: Av. Das Nações Unidas, 4777, Alto de Pinheiros, São Paulo. Telefone: 11 4003-2051. Quando: Sábados e domingos, às 16h. Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia). Temporada: De 6 de maio a 28 de maio de 2017.
Fonte: Revista Crescer

Nenhum comentário:

Postar um comentário