quarta-feira, 5 de abril de 2017

"Não desprincese as meninas; empodere as princesas"

Curso online discute novas perspectivas para se educar crianças a partir das relações de gêneros

Princesas de capa, heróis de avental – esse é nome do curso online que tem como objetivo estimular o pensamento crítico e combater as diferenças na criação de meninos e meninas. Criado pela pedagoga Caroline Arcari e com a co-autoria da psicóloga Nathália Borges, o projeto foi desenvolvido pelo Instituto Cores e se vale de web-conferências, e-books, vídeos e fóruns para questionar os estereótipos de homens e mulheres na sociedade e ajudar pais e profissionais da educação e saúde a construirem novas possibilidades para as crianças.
Motes como "não desprincese as meninas, empodere até as princesas" e discussões sobre a construção de novos tipos de masculinidade são focos das atividades do curso, que acaba de fechar sua terceira turma e começa neste final de semana. “O curso é totalmente à distância e abrimos um turma a cada mês. Por meio da plataforma Moodle, dispomos o conteúdo, que contêm documentários, planos de aula, sugestões e estratégias de educação familiar pra estabelecer igualdade entre meninos e meninas”, explica a pedagoga Caroline Arcari, presidente do Instituto Cores. 

Capa do projeto "Princesas de capa, heróis de avental", desenvolvido pelo Instituto Cores (Foto: Divulgação


O mais interessante é que todas as atividades do curso foram elaboradas por crianças. “O Princesas de capa, heróis de avental é a concretização de um projeto de dois anos elaborado na Escola de Ser [projeto social também dirigido por Caroline], desenvolvido no bairro Rio Verde, em Goiás, inspirado na Escola da Ponte, de Portugal. Lá, desenvolvemos a autonomia das crianças, que ajudam a gerir o processo de aprendizagem e criamos essas produções", comenta.
Por isso, princesas de histórias infantis e super-heróis famosos estão nos materias do curso, como, por exemplo, a Ariel. "Um exemplo que contestamos é o que acontece com a Pequena Sereia, que se casa aos 16 anos. Questionamos para as crianças: 'Será que com essa idade vale a pena se casar? Será que ela precisava dar a sua voz, que fazia parte de sua identidade, para conquistar um príncipe?' O problema não é ser princesa, mas as situações as quais elas são submetidas que as tornam criaturas frágeis", exemplifica a especialista. 

 O material do curso traz super-heróis e princesas do imaginário infantil (Foto: Divulgação / Escola de Ser)

 Também é discutida a necessidade de deixar que os meninos sejam sensíveis e ensiná-los, também, a capacidade de ser pais. 
A sensibilidade nos garotos é um dos temas abordados no curso. Na foto, um aluno da Escola de Ser aprende cuidados com bebês (Foto: Divulgação / Escolar de Ser)


O curso é online, tem duração de 30 dias e abre turmas a cada mês, custando R$ 160. Todos os participantes recebem uma certificação do Instituto Cores.


SERVIÇO:
Endereço: www.escoladeser.org.br/princesas-de-capa
Mais informações: www.facebook.com/escoladeser


Fonte: Revista Crescer
 

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