segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Escola de peito: projeto apoia amamentação nas escolas

Quando acaba a licença-maternidade, é aquele sofrimento. A lei brasileira garante apenas quatro meses de afastamento remunerado para as mães (somente em poucas empresas ele é estendido para 180 dias). No entanto, a Organização Mundial de Saúde recomenda seis meses de aleitamento materno exclusivo e dois anos ou mais como complemento alimentar. Infelizmente, para as mulheres que precisam manter o emprego e colocar o bebê no berçário, essa conta não costuma fechar. Ainda mais se não recebem apoio da instituição na qual a criança frequenta. Foi com base nessa dificuldade que a enfermeira e consultora de amamentação, Silvia Briani, criou o projeto Escola de Peito, em São Paulo (SP).

Ao decidir matricular a filha, Mariana, com 7 meses na época, ela estranhou ter que perguntar para a escola se aceitavam leite materno. “Isso deveria ser natural. No entanto, me surpreendi com várias negativas”, conta. Na tentativa de mudar esse cenário, a Escola de Peito oferece workshops, palestras e consultoria para que as instituições interessadas consigam se preparar e apoiar as mães na empreitada de manter o aleitamento. Um dos primeiros passos é ter uma sala de amamentação e ordenha. É lá que as mães e profissionais da escola poderão retirar e armazenar o leite de maneira adequada. “As participantes do projeto recebem um selo de identificação, um ‘prêmio’ por se tornarem oficialmente ‘escolas de peito’. Elas entram em uma lista divulgada no nosso site [escoladepeito.wordpress.com], para que sejam facilmente encontradas. Isso facilita a vida da mãe que procura um berçário pró-amamentação confiável”, diz Silvia.
Enquanto o projeto da enfermeira dá seus primeiros passos, outras iniciativas públicas estão fazendo a diferença no dia a dia de muitas famílias. O município de Marília (SP), no interior do estado, por exemplo, conseguiu implementar esse tipo de ação em seus berçários públicos. Em Maringá (PR), os centros de educação infantil também contam com ambientes reservados para a amamentação. Todas as escolas estão equipadas e têm profissionais preparados para receber o leite ordenhado pelas mães, segundo Lucia Catto, gerente de educação especial e apoio pedagógico interdisciplinar do município.
Só benefícios
Veja as vantagens de manter o aleitamento materno.
- Fortalecimento do sistema imunológico.
- Estreitamento do vínculo entre mãe e bebê.
- Diminuição do risco de câncer de mama, ovário, útero e endométrio para a mãe.
- Maior nível de QI na criança, segundo revelaram estudos recentes.

Fonte: Revista Crescer

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