quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Thaís Fersoza sobre a filha: “Às vezes ela chora e eu não sei o que é”

Na primeira entrevista depois do nascimento de Melinda, a atriz fala das rotinas e das dúvidas de mãe de primeira viagem. Ela também conta o que aprendeu com o marido, Michel Teló, e diz que os dois pretendem não esperar tanto para encomendar outro bebê


Mãe de primeira viagem, Thais Fersoza vive um momento transformador. Com a pequena Melinda, 1 mês e meio a tira colo, a atriz conversou com Taynara Prado, colunista da CRESCER, por telefone (entre uma mamada e outra) os prazeres, dúvidas e desafios da maternidade. Na entrevista, a primeira que concedeu depois de se tornar mãe, ela diz que Michel Teló, seu marido e pai de Melinda, dá banho e troca fralda. Ela também conta que tem dúvidas normais, como toda mãe, e revela: ‘’Vou por eliminatórias para decifrar o choro’’.
Taynara Prado – Qual foi o primeiro pensamento que veio à sua cabeça quando olhou para o rosto de Melinda pela primeira vez?
Thais Fersoza –
 Foi indescritível! Na primeira vez em que olhei para ela, fiquei encantada, completamente apaixonada. Eu queria acalmá-la, acalmar aquele chorinho, queria olhá-la por inteiro, sentir a textura da pele. Tinha uma vontade de grudá-la a mim. Era um misto de frio na barriga com coração que salta pela boca. É muito emocionante.
TP – Melinda nasceu em uma cesariana. Você se sentiu pressionada ou julgada por conta da escolha de parto?
TF –
 Nunca senti nenhuma pressão com o parto, porque é uma escolha tão particular e tão pessoal, que nem deveria ter esse tipo de julgamento. Esse momento é de cada mulher e tem que ser lindo, especial. Eu só queria que fosse seguro para mim e, principalmente, para ela. Quis que ela viesse em paz, sem nenhuma preocupação ou risco. Deixei nas mãos da minha médica, que fosse feito o mais seguro e tranquilo para ela. Era só nisso que pensava!
TP – O puerpério é uma experiência profunda para algumas mulheres. Como foram esses primeiros dias para você?
TF –
 Sempre ouvi falar da quarentena, mas demos muita sorte. Li um livro que falava que essa fase era o ‘’salve-se quem puder’’, mas eu e Michel nos surpreendemos porque a pequenininha é bem tranquila. Esse período é uma recuperação, tem muita novidade, muita experiência nova. A gente desejou tanto esse momento e as pessoas nos alertaram tanto que seria difícil, que, quando vivemos esses primeiros dias, achamos tão gostoso... Nos preparamos tanto para esta fase que acordávamos de madrugada de bom humor, ficamos muito envolvidos com esse momento. Passou tão rápido que ela já está com quase 2 meses!

TP – Como foi sua gravidez?
TF –
 A minha gestação foi maravilhosa, tive muita sorte de não ter sentido enjoo. Engravidei em novembro. Em janeiro, estava na Tailândia, Camboja e Vietnã, viajando de férias. Depois, viajamos para fazer o enxoval dela, aproveitamos o carnaval, vida normal. Só descobri que estava grávida por causa do atraso da menstruação e porque a barriga crescia (risos). Eu estava doida para sentir algum desejo, deve ser muito legal precisar comer algo naquele momento, mas só tive a vontade normal de me alimentar mesmo, não chegava a ser desejo. A gravidez foi muito tranquila e me amadureceu muito. Sempre fui muito ansiosa, agitada, mas, desde o momento que descobri que estava grávida, me veio uma paz para viver aquele momento. Curti cada mudança, cada quilo a mais. Michel também era apaixonado pela barriga, conversávamos muito com ela, cantávamos muito para ela, fazíamos muito carinho. Ele sempre foi de bater muito papo com a barriga.
TP – O que você só descobriu depois que a Melinda nasceu?
TF –
 Muita coisa a gente já sabe: que o bebê vai chorar, que haverá uma demanda de amamentação... Mas a maior verdade do mundo é que a gente só descobre o tamanho do amor depois que eles nascem. Por mais que você ame na barriga, quando você pega no colo e vai vivendo cada dia, o amor aumenta. É uma troca muito gostosa.
TP – Algum aspecto da maternidade te deixou tensa?
TF –
 Sempre pensei muito na questão da amamentação e na cólica. Eu pensava: ‘Não quero que ela sinta dor, não quero que ela sofra’. São preocupações normais de mãe primeira viagem. Na medida em que os desafios vão chegando, você vai se adaptando vai relaxando e entendendo melhor esse universo. Às vezes, ela chora, mexe as pernas e os braços e, se eu não sei o que é, fico me perguntando: ‘Será que é cólica? Será que é frio?’  Esse nervosinho do ‘novo’, de querer ajudar, fazer alguma coisa, porque nem sempre a gente entende os sinais. Adotei a estratégia de ir por eliminatórias: primeiro vejo se é fralda, depois, frio, calor... Enfim, vou conversando com ela, cantando para ela e tudo vai se ajeitando naturalmente.
TP – Já consegue ver com quem a Melinda se parece?
TF –
 Sem dúvida nenhuma é com o pai dela. Desde o ultrassom, já dava para ver que a Melinda tinha puxado o Michel. As mães brincam que carregam o bebê por nove meses e depois vem a cara do pai, mas eu realmente acho isso o máximo! É incrível gerar uma pessoinha dentro de você e ser a carinha dele. É  bonito gerar um bebê que é a cara do homem que você ama, que você escolheu para ser seu marido, pai dos seus filhos. Quero mais é que fique cada vez mais parecida mesmo. Fico muito feliz!
TP – Você tem conseguido dormir? Como é a rotina da Melinda?
TF –
 Ela tem uma rotina bem tranquila. Conseguimos estabelecer horários que têm sido bons para ela, com relação à amamentação. Fora isso, ela descansa. Às vezes, temos até que acordá-la para mamar. Quando ela dorme, durmo um pouquinho e tudo vai caminhando bem.
TP – Como você e o Michel têm se saído nas primeiras tarefas como pais de Melinda?
TF –
 Estamos indo bem. Somos muito parceiros. Michel, sempre que está em casa, quer ajudar, participar, dar banho... Dividimos as tarefas. Ele ajuda muito. Criamos uma logística para ela e nos adaptamos à rotina da Melinda. A gente administra isso juntos.
TP – Por quanto tempo pretende amamentar a Melinda?
TF –
 Enquanto estiver rolando, dando tudo certo, continuo.
TP – Você conta com ajuda de mais alguém no dia a dia?
TF –
 Contamos com uma enfermeira, pois nossos pais não moram em São Paulo e ficamos meio que sozinhos aqui. Temos a ajuda dela no dia a dia, mas ela brinca com a gente, dizendo que não pode fazer nada. Gostamos muito de estar com a Melinda, de fazer as coisas, dar banho, trocar.  Se você tem a possibilidade de ter uma pessoa que possa te orientar, isso traz segurança para os pais de primeira viagem.
TP – O nome da Melinda veio de um sonho! Como isso aconteceu?
TF –
 Antes de engravidar, sonhei com uma menina sentada na cadeirinha e o Michel agachado no chão, explicando para ela que ia viajar, mas que já voltava. Ele dizia para ela cuidar da mamãe e para a mamãe cuidar dela. Quando ligo para o Michel aparece no celular dele ‘’Linda Minha’’ e, quando ele me liga, aparece “Meu lindo”. No sonho, eles brincavam com isso e a menininha falava: ‘’A mamãe é linda minha’’. O Michel respondia: “Você é minha linda”. Aí ela dizia ‘’Eu sou a Melinda’’. De uma forma muito clara, percebi que o nome dela era Melinda! Para mim, na época, fez todo o sentido. Michel ficou louco, apaixonado pelo nome, muito pela nossa história de como esse nome veio para a gente. E aí chegou a Melinda!

TP – Muitas mães se identificam com você justamente por você não ter feito nenhum mistério com o nascimento da sua filha. Você posta fotos em situações normais do dia a dia como toda mamãe de primeira viagem. Isso foi pensado antes da Melinda nascer?
TF –
 Não, não foi pensado. Sempre agimos com naturalidade. Eu e Michel temos essa postura porque gostamos de compartilhar momentos com as pessoas que têm carinho e torcem por nós. Não dá para você criar mito, ficar escondendo ou deixando de mostrar algo tão natural. Para mim, é muito claro que somos um casal famoso, mas ela não. Ao mesmo tempo, somos pais de primeira viagem, completamente apaixonados por esse momento, compartilhando alegria de forma simples e natural. Gosto que as pessoas se identifiquem com isso, porque não tem estratégia. Somos apenas pais orgulhosos e felizes.
TP – Você se sente pressionada para voltar à sua forma física anterior?
TF –
 Pressão externa, não. Pressão minha mesmo (risos). A gente se cobra, não é? Tudo tem sua hora, tem seu tempo, mas, trabalhando, é claro, fazendo exercícios com recomendação médica, se alimentando direitinho... Existe aquela ansiedade de querer ficar magra, mas estou consciente de que as coisas acontecem no seu tempo. Foram nove meses para gerar uma vida. Vai demorar um pouquinho para voltar ao que era. Encaro isso numa boa.
TP – Vocês pretendem ter mais filhos?
TF –
 Com certeza, queremos ter mais filhos. Nunca pensamos em ter uma só. Com a vinda da Melinda, tão calminha e descobrindo este amor tão envolvente, queremos mais. Daqui a uns dias começamos a pensar no assunto. Não queremos uma distância muito grande entre eles, mas também não é para agora.

TP – Qual conselho você daria para outras mães de primeira viagem, como você?
TF –
 Um conselho, que aprendi com Michel e faço muito com a Melinda, é trabalhar a positividade. Se o bebê não mamou tudo ou está chorando, falo frases positivas e não de repreensão. Digo: “Vai passar”, “Dá para a gente ficar bem”, “A gente vai ficar feliz!”. Acredito que faz diferença jogar coisas boas para o universo.
TAYNARA PRADO é escritora, jornalista e colunista. Divide o tempo entre o trabalho de Pesquisa de Conteúdo do Video Show e entrevistas com as mães famosas na coluna Conselho de mãe, às terças e quintas. Quer escrever pra ela? Mande um e-mail para taynara.prado@tvglobo.com.br
Instagram: @taynarapradoo 
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